Diante do agravamento da crise climática no Brasil, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) propôs a criação do Seguro Social de Catástrofe, uma iniciativa que promete revolucionar a resposta a desastres naturais no país. Este seguro privado obrigatório visa fornecer indenização emergencial para vítimas de eventos como inundações e desmoronamentos.
Como funcionaria o Seguro Social Catástrofe?
A proposta prevê um sistema simples e eficiente:
- Valor da indenização: Aproximadamente R$ 5 mil por família afetada
- Forma de pagamento: Via PIX, garantindo rapidez no socorro
- Custo mensal: Entre R$ 2 e R$ 3 por residência
- Forma de cobrança: Pequena taxa em contas de serviços públicos
- Isenção: Participantes de programas sociais não pagariam
“O objetivo é garantir uma resposta imediata às vítimas de desastres, permitindo que elas tenham recursos para as primeiras necessidades enquanto aguardam outras formas de assistência”, explica a CNseg em sua Agenda Institucional do Mercado Segurador 2025.
Por que o Brasil precisa deste seguro?
Os eventos climáticos extremos têm se tornado cada vez mais frequentes e intensos no Brasil. Só nos últimos anos, o país enfrentou:
- Enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul
- Deslizamentos em áreas urbanas de São Paulo e Rio de Janeiro
- Secas prolongadas no Nordeste e Centro-Oeste
- Tempestades com ventos destrutivos em diversas regiões
Segundo Alessandro Octaviani, superintendente da Susep, “a urgência em fortalecer mecanismos de proteção diante da crescente vulnerabilidade a desastres naturais é uma das prioridades do setor segurador para 2025”.
Apoio do Legislativo
A proposta já encontra eco no Congresso Nacional. Durante o lançamento da Agenda Institucional do Mercado Segurador 2025, parlamentares reforçaram a necessidade deste tipo de seguro.
O primeiro vice-presidente do Senado Federal, Eduardo Gomes (PL-TO), destacou a necessidade da proposta como forma de uma resposta mais rápida para a sociedade diante das calamidades. Já o deputado Wellington Roberto (PL-PB) enfatizou que o seguro social contra catástrofe é “uma medida fundamental para garantir proteção eficaz para a população brasileira em momentos de crise”.
Benefícios para a sociedade
A implementação do Seguro Social Catástrofe traria diversos benefícios:
- Resposta imediata: Recursos disponíveis logo após o desastre
- Universalidade: Proteção para todos, independente da renda
- Custo acessível: Valor mensal pequeno diluído entre toda a população
- Complementaridade: Funciona junto com outras formas de assistência governamental
“Este tipo de seguro representa uma evolução na forma como lidamos com desastres no Brasil”, comenta a corretora de seguros Ittu. “Ao invés de depender exclusivamente de doações e recursos emergenciais do governo, teríamos um sistema estruturado e ágil de resposta.”
Próximos passos
A proposta ainda precisa ser transformada em projeto de lei e passar pelo processo legislativo. A CNseg e outras entidades do setor segurador estão trabalhando junto aos parlamentares para que a iniciativa avance.
Enquanto o Seguro Social Catástrofe não se torna realidade, a Ittu recomenda que os brasileiros avaliem suas opções de proteção individual contra desastres naturais, como seguros residenciais com cobertura para eventos da natureza.
A criação deste seguro seria um passo importante para um Brasil mais resiliente diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, garantindo que as vítimas de desastres tenham ao menos um suporte financeiro imediato para recomeçar.
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